Nossa Senhora dos Verdes

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DOS VERDES, INCLUINDO A SUA DECORAÇÃO INTERIOR, NOMEADAMENTE AS OBRAS DE TALHA E AS PINTURAS

O Santuário de Nossa Senhora dos Verdes, incluindo a sua decoração interior, nomeadamente as obras de talha e as pinturas foram classificados como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 8/83, Decreto do Governo, I Série, n.º 231 de 11 de outubro de 1933.
A Senhora dos Verdes protege das pragas e dos fenómenos naturais a agricultura, velando para que hajam boas e fartas colheitas.
Esta devoção deve remontar ao ano de 1720, quando uma praga de gafanhotos se abateu sobre os campos da região, desaparecendo, somente, graças à intervenção de Nossa Senhora . Disto é testemunho um ex-voto localizado no intradorso do arco triunfal que representa uma procissão e onde consta a inscrição: " MILAGRE QVE FES N. S. DOS VERDES EM AS SEARAS DESTRVIDAS DOS BICHOS E FAZENDO HVA MVI DEVOTA PROSIÇAM OS MORADORES CIRCVM VEZINHOS, FOI NOSSA SENHORA SERVIDA QVE SE APLACASSE ESTA PRAGA. ERA DE 1720".
Esta invocação à Senhora dos Verdes repete-se num santuário de Abrunhosa-a-Velha, Concelho de Mangualde e numa outra ermida próxima de Manteigas  .
Localizado numa das saídas da localidade de Forninhos, a construção do edifício será provavelmente do séc. XVII. Uma capela de arquitetura muito simples e singela, mas cuja decoração do séc. XVIII, de gosto barroco e joanino transforma e valoriza o espaço, integrando a riqueza, policromia e complexidade característicos deste estilo arquitetónico.
Através dos tetos em caixotões, na nave e capela-mor, e dos retábulos em talha dourada consegue-se a continuidade e uniformização do espaço, mas assegurando a singularidade temática de cada área da capela: no corpo da capela as pinturas do teto, em caixotões, representam momentos da vida de diversos santos; na capela-mor a temática passa a integrar ilustrações das ações sagradas de Nossa Senhora e de Cristo. 
Exemplo especial da policromia e da estética barroca é o retábulo-mor com os marmoreados fingidos e as colunas torsas a enquadrar os arcos, entre os quais se destaca o central, que integra a imagem de Nossa Senhora dos Verdes.
No final dos anos 80 do séc. XX foi efetuada uma campanha de intervenção no edifício que introduziu estruturas de betão armado, incluindo a cobertura da capela. A introdução das lajes de betão armado na cobertura teve importantes consequências negativas nas paredes de pedra que a suportavam, pelo que no início do séc. XXI, com o apoio da autarquia, foram substituído o betão armado por estruturas de madeira. Foi, ainda, garantida a consolidação das paredes da capela e foram rebocadas as paredes exteriores do edifício de forma a, por um lado, retomar a imagem que a capela teria tido ancestralmente e, por outro, para contribuir para conter a deterioração que as pedras de granito já apresentavam.

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